A mielomeningocele é o disrafismo espinhal mais comum e ocorre em cerca de 1 a cada 1200-1400 nascimentos. A mielomeningocele deriva...
A mielomeningocele é o disrafismo espinhal mais comum e ocorre em cerca de 1 a cada 1200-1400 nascimentos. A mielomeningocele deriva da falência do tubo neural se fechar ou é secundária a abertura do tubo neural já fechado, podendo ocorrer a qualquer nível da medula espinhal. É a forma mais severa de disrafismo espinhal, sendo as regiões lombar e sacral as mais comumente afetadas.
A maioria das crianças (80%) com mielomeningocele isolada tem inteligência normal, apesar de 60% delas terem alguma dificuldade de aprendizado. A expectativa de vida dessas crianças é semelhante à de qualquer criança. A maioria delas (60%) anda e 80% são socialmente continentes (secas), apesar de muitas estarem em cateterismo intermitente limpo.
A mielomeningocele é uma doença estática e qualquer deterioração que ocorra na criança durante o acompanhamento deve ser olhada com atenção e uma avaliação clínica e estudo de imagem devem ser feitos rapidamente. A causa mais comum da deterioração é o mal-funcionamento da derivação ventrículo-peritoneal, instalada no caso de a criança ter evoluído com hidrocefalia. Outras causas são a medula presa, a malformação de Chiari e a siringomielia. Os sintomas mais frequentemente associados à deterioração são cefaleia, náuseas, vômitos, alterações de comportamento, mudanças de força e coordenação dos membros e mudanças de padrão no funcionamento vesical.
O infográfico a seguir ilustra a matéria e cita uma técnica especial de se tratar a doença, por via endoscópica.
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