http://spnc.pt/aneurisma-cerebral-hemorragia-subaracnoideia_item_262 A hemorragia subaracnóide (HSA) é dada pelo extravasamento de s...
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http://spnc.pt/aneurisma-cerebral-hemorragia-subaracnoideia_item_262 |
A
hemorragia subaracnóide (HSA) é dada pelo extravasamento de sangue de vasos
anormais na superfÃcie cerebral, espaço subaracnóide e ventrÃculos, comumente
causada pela rotura de aneurismas saculares ou malformações arteriovenosas.
A
rotura de aneurismas saculares corresponde à grande maioria das HSA (>75%),
sendo esta doença de extrema gravidade, com altos Ãndices de mortalidade e
morbidade. Estima-se que 15 a 20% dos pacientes faleçam antes mesmo da chegada
ao hospital, principalmente em função de hipertensão intracraniana e arritmias
cardÃacas graves, 25% do total faleçam nas primeiras 24 horas e quase metade ao
longo da primeira semana.
A
etiologia e a patogenia exatas dos aneurismas cerebrais permanecem indefinidas.
Acredita-se que um conjunto de fatores congênitos e adquiridos contribua para a
formação dos aneurismas saculares. Sabe-se que alguns dos pacientes que os
desenvolvem possuem alterações do colágeno na composição de seus vasos
sanguÃneos. Se aceita, no âmbito cientÃfico, que cerca de 1,5 a 2% da
população, levando-se em consideração variações regionais, apresente aneurismas
cerebrais, sendo que a rotura dos mesmos tenha incidência de 0,5 a 2% ao ano.
No Brasil, algo em torno de 4,5 milhões de pessoas teriam aneurismas intracranianos,
mesmo sem sintomas.
Entre
os fatores modificáveis para a formação do aneurisma e sua rotura, temos a
hipertensão arterial, o tabagismo, o consumo de álcool excessivo e,
possivelmente, uso de estrogênios, cocaÃna e cafeÃna. Dentre os fatores de
risco não modificáveis, temos o antecedente familiar de HSA, que eleva a
incidência de rotura para algo em torno de 8% caso o indivÃduo tenha dois
familiares com história prévia. Encontramos ainda aneurismas intracranianos em
10% dos indivÃduos que tenham a Doença
dos Rins PolicÃsticos. As sÃndromes do colágeno Ehlers-Danlos do tipo IV e Marfan
também se associam em menor grau.
Outros
dados relevantes é que a rotura dos aneurismas é mais comum em mulheres,
indivÃduos dos 40 aos 65 anos de idade e há ainda relatos de maior incidência
no terceiro trimestre da gestação. E seria verdade que os aneurismas cerebrais
rompem mais nos perÃodos frios, como no inverno? Sim. Estatisticamente,
observa-se uma maior incidência de HSA no inverno. Isso se deve provavelmente
ao aumento das reações adrenérgicas nesse perÃodo, que nada mais são que
reações de stress, liberação de adrenalina no sangue, provocando um aumento
relativo da pressão arterial, predispondo à rotura do aneurisma.
Fonte: Neurologia e
Neurocirurgia, da série Medicinanet; Tarso Adoni e Roger Schmidt
Brock.